segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

1 - 1 = 2


Dezembro, o último mês de um ano que parece que não passou, correu. É tentador antecipar o ano novo e comecar já a pensar em 2009, principalmente pela boa e velha sensação de tudo novo, de nova chance para acertar onde erramos em 2008, mas antes disso vale a pena parar um minuto para repensar o que passou.
Para mim particularmente, 2008 foi um ano bem grato emocional, financeira e profissionalmente, tive o celular cortado 2 vezes por atrasar o pagamento, trabalhei pelo menos o dobro do esperava (a ponto de chegar a ficar quase 1 mes sem sair de casa), minha namorada ficou 10 meses nos Estados Unidos em um programa de intercâmbio... Opá! Perae!? Grato? O que esse ano teve de grato?
Pois é, essa foi a minha exata reação ao fazer o meu balanço do ano, é evidente que houveram coisas boas, mas a verdade é que houveram bem mais coisas ruins, então porque tenho essa sensação de tranquilidade? A impressão do ano ter sido realmente grato?
Não é novidade pra ninguém que errar ensina a acertar, se machucar ensina a se proteger e por ai vai, mas esse ano perder ganhou um novo significado para mim, perder não só ensina a ganhar como é parte essencial do processo.
É bem verdade que, como já disse antes, ninguém aprende quando está tudo dando certo, se você realiza qualquer coisa sem ter nenhum problema a única coisa que você aprende (ou descobre) é que tem uma tremenda sorte!

" A felicidade não é a lição, é a recompensa"

Vejam bem, esse post não é uma ode ao sofrimento, absolutamente! Uma derrota é sempre uma derrota, por mais produtiva que seja. Quando atingimos uma certa maturidade comecamos a aprender com nossos erros, a tirar lições deles, mas o que eu aprendi esse ano vai um pouco além disso, aprendi a esperar por eles, e isso mudou tudo.
Pensando um pouco a respeito, com o meu grau de miopia, só consegui sintetizar em duas razões simples o grande problema que temos com "o errar", a primeira é mais óbvia e comum. Interpretando a boa e velha terceira lei de Newton* podemos dizer que tudo que fazemos gera conseqüências e o medo dessas conseqüências é o problema, e a segunda e acho que menos comum é que errar é uma lembraça de que não somos perfeitos ou que no mínimo não somos tão bons quanto gostariamos.
Neste ponto é quando posso dizer que o ano foi grato, porque aprender a esperar pelos seus próprios erros ajuda a não sentir "medo vão" porque até para sentir medo temos que ser objetivos, lembrem-se o medo é uma ferramenta natural de auto-preservação, o problema é que em algum ponto ele deixa de ser uma caneleira e se torna uma âncora que nos impede de navegar livremente, ou alçar vôo ou qualquer outras metáforas que lhes venham a cabeça.
Não tenhamos medo de cair, mas principalmente saibamos que invariávelmente VAI acontecer, esperemos por isso, vejamos os "erros superados" com certa gratidão, e mais importante vamos confiar mais em nossos pés, nos preocupar mais com a paisagem durante o caminho, do que com não topar em pedras.
Para quem chegou até o final desse post, ficam aqui meus votos de boas festas um feliz natal e próspero ano novo!
Quem gostou do post, sinta-se a vontade para comenta-lo, e quem não gostou, bem ao menos espero que esteja mais tranquilo com a sensação de ter "perdido" tempo.

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*Terceira lei de Newton: Para toda força aplicada, existe outra de mesmo módulo, mesma direção e sentido oposto. Em outras palavras, toda ação gera uma reação.

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1 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

parece que esse ano nao foi dos melhores pra tanta gente...

30 de dezembro de 2008 às 18:56  

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