segunda-feira, 23 de novembro de 2009

As cores de todas as dores

As cores de todas as dores são iguais
E quando o que era, já não é mais
Longos se tornam os dias
Poucas se tornam as noites

Assusta-me ter espaço para pensar
Estar entupido de sentimentos
Não querer me controlar
Escoando o choro quando a razão se distrai
Aos poucos esquecendo-o pelo caminho

Já partido, não pareço me encaixar em mais nada
Me mata a imposição do repentino desapego
O simples hábito de te-lo sob as vistas
Por muito me confortou, me tirou o medo

Essa dor, ensina-me a perceber-te
Fora dos limites do que posso tocar
Logo, com a alma mais calma
Me permito aceitar

Livre então, finalmente consigo entender
Que a cada lembrança, foto ou sonho
Estarei com você

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